Queridos seguidores do MixLit,
faz tempo não posto no blog. Isso não acontece porque parei de fazer o trabalho de literatura remixada, mas sim porque o trabalhou se desdobrou e caminha por novos trilhos. Um deles: meu projeto de mestrado. Entrei no mestrado em “Literatura, cultura e contemporaneidade” na PUC-RJ, no início de 2013, e agora ando estudando bastante para escrever uma boa dissertação. O assunto? Remix, apropriação e intervenção na literatura. Ou seja, no início de 2015 espero ter uma boa quantidade de páginas discutindo a ideia de autor como um montador (o autor-DJ) a partir da minha experiência com o MixLit e outros trabalhos de outros artistas que dialogam com a ideia de tratar o texto como algo móvel, manipulável e “misturável”.
Outro desdobramento do MixLit: as oficinas. Tenho recebido convites, e uma boa oficina requer um bom planejamento. Esse mês de abril, por exemplo, dei uma oficina para 100 alunos do 8o ano da Escola Parque da Barra da Tijuca. Acho que a garotada se amarrou. Em julho, darei uma nova oficina na 3a Bienal de Arte da Bahia, no Museu de Arte Moderna de Salvador. E daí por diante.
Quero falar ainda de um outro trabalho meu, que também é um desdobramento do MixLit. Mas antes disso, não gostaria de deixar vocês sem nenhuma novidade do próprio MixLit: o último MixLit postado aqui foi feito especialmente para uma revista da Inglaterra, a Modern Poetry in Translation, e agora que a edição já saiu, posso publicar aqui também a versão visual desse trabalho.
A edição da Modern Poetry in Translation traz ainda autores brasileiros que admiro bastante: Carlos Drummond de Andrade, Angélica Freitas, Adriana Lisboa, Nicolas Behr, Ana Martins Marques… vocês podem reparar que usei alguns deles para fazer esse poema MixLit. Além desse trabalho, a revista publicou também uma conversa minha com a tradutora norte-americana Hilary Kaplan – que traduz os livros da poeta brasileira Angélica Freitas. Segue aqui o link para a conversa – na qual falamos bastante sobre meu método e minhas intenções com o MixLit. Ficou ótima! Se você lê em inglês, recomendo clicar aqui: http://www.mptmagazine.com/feature/a-small-library-in-a-poem-a-conversation-66/
Quanto ao meu novo trabalho, ao invés de recortar trechos das páginas e conectá-los para fazerem sentido – como no MixLit -, neste novo trabalho eu uso páginas inteiras, sem recortá-las, mas marcando seus trechos mais interessantes (na verdade eu e vários colaboradores – Lopes, Ana Hupe, muitos outros), e disponho as páginas em muros da cidade sem a obrigação de elas construírem uma narrativa harmônica ao ficarem uma do lado da outra. Conheçam, aqui, o Paginário.
Já temos quatro Paginários pela cidade e estão aparecendo convites para fazermos mais. Assim, estou com dois sites novos e gostaria de convidá-los para conhecerem.
O primeiro é o site do Paginário: www.paginario.com.br – que também conta com uma comunidade no Facebook. Procure no Facebook por “Paginário”.
O segundo é o meu site, que reúne muitos dos meus trabalhos até agora: www.leonardovillaforte.com
Obrigado pela companhia!
Grande abraço,
Leonardo Villa-Forte.